Temos todos de participar numa mudança de 180º.

8 de Abril de 2013

O PAÍS QUE TEMOS

Dada a participação activa de alguns leitores, de para além de comentários, directamente relacionados com os artigos, apresentarem também recomendações de propostas, como possíveis  soluções a nível político e económico para uma mudança do país, a partir desta data, esses comentários com propostas,  para além da sua publicação habitual como comentário, serão também apresentadas como artigo.

O artigo que aqui apresentamos na integra, é da autoria de um jovem cidadão, Alcides Gomes.

Olá bom dia.

Das duas opções acima demonstradas,a que eu apoio directamente,e ao qual me identifico é a opção de criação de um governo de salvação nacional.

Eu como jovem, mete-me imensa confusão ver muita gente da minha geração 80-90, jovens de sangue novo e com força, deixar este país e ter que imigrar sem saber se compensa ou não voltar a este país cada vez mais pobre, corrupto e infelizmente já a ficar demasiado velho.

Um país que destrói empregos à velocidade que a gente vê o dia a dia, sem ter a capacidade de os substituir, é um país que está condenado ao fracasso. Os portugueses são como atletas de boxe, num combate desigual, ou levantamos apesar de estarmos a levar uma valente porrada no corpo, ou dificilmente teremos força anímica para levantar e fazemos o mais fácil, Desistir….

Bem sei que essa palavra não deve, não pode e nunca irá estar no meu vocabulário, mas sei que infelizmente, e por razões várias, está constantemente presente no pensamento de diversos Portugueses que lutam (com muita dignidade) para terem um pouco de comida nas suas mesas.

Os constantes folclores políticos protagonizados pelos diversos elementos dos grupos de folclore presentes na AR, denota a um simples cidadão como eu, que da esquerda à direita, NENHUM destes grupos tem a capacidade, VONTADE, INTERESSE, e SENTIDO DE RESPONSABILIDADE para combater realmente os interesses instalados.

Até aqui acho que todos estamos de acordo, e tem sido constantemente batalhado aqui e em outros locais que leio, mas infelizmente só nas redes sociais, pois nas TV’s, o poder instalado censura, típico de uma Psedo-Democrácia.

Continuo a dizer para mim como fui capaz, como fui capaz de exercer o meu direito democrático como qualquer cidadão e entregar o meu voto a um sr que raramente sabe o que está a fazer, quando fala é para “tirar” a água do casado e dizer que a responsabilidade não é dele, mas sim dos outros, um sr que ajudou a salvar muitos dos seu amigos, colocando-os no conselho de estado, sabendo que estando esses psedo-portugueses fora desse circulo, estaria em risco a sua sobrevivência política.

Um governo de salvação nacional, a meu entender teria que ser formada, não pelo sr atrás descrito, pois mete-me impressão, para não dizer outras palavras quando o vejo a ele e aos seus amigos de diversas cores políticas, mas sim por um grupo de cidadãos independentes, sem qualquer ligação política aos grupos de folclore instalados na AR, bem como sem qualquer ligação ao arco dos poderes financeiros e maçónicos.
.
Bem sei que é difícil, mas temos que lutar.

No meu entender, algumas medidas teriam que ser tomadas, custo o que custasse, nomeadamente:

1) Fazer uma verdadeira auditoria a todos os ministérios, empresas públicas, institutos públicos, AR, tribunais, câmaras, etc.

2) Alteração e simplificação da constituição, Nomear um conjunto de pessoas idóneas, pois acredito que ainda existe pessoas muitos inteligentes, independentes e com vontade de combater esta corrupção, podendo um cidadão comum dar as suas ideias, dando assim oportunidade para todos os que queiram mudar, possam fazer.

3) Criar um simples grupo para verificar e saber quem foram os responsáveis pois diversos acordos que lesaram o estado em muitos milhões de euros.

4) Criar um tribunal para julgar todos os que usurparam o poder, e colocar esses senhores, banqueiros, ex e actuais políticos, maçons, advogados, dirigentes sindicais, etc.

5) Dinamizar a economia. Como? Facilitar o acesso a terras, financiamento, e criação de empresas. O governo como é que iria buscar dinheiro? Qualquer cidadão emprestava dinheiro ao governo, funcionando como uma conta a prazo, a diferença é que o governo por vez de dar dinheiro em cada semestre devolvia incentivos fiscais, como redução de impostos no valor do montante emprestado, não tendo que ir sucessivamente ao estrangeiro pedir dinheiro.

6) Acabar com o rendimento da malandrice (rendimento social de inserção), e ajudar as famílias que não podem, nomeadamente famílias com deficientes, com incapacidade. Quem tinha direito a esta ajuda eram pessoas que tivessem descontado, quem não desconta não recebe, pois o que tem acontecido e tenho visto em primeira mão é que existe muita gente que usurparam estes rendimentos, sem nunca terem largado uma gota do suor para os merecerem.

7) Nivelar e obrigar a reduzir os preços dos combustíveis, da electricidade, das portagens, pois temos visto mais de uma vez que não existe concorrência em Portugal, existe sim um aglomerado de interesses instalados, pequeno mas poderoso que comem na mesma pia e que é preciso combater com eficácia.

8) Iria existir uma verdadeira reforma a sério no estado, só o PR, o presidente da AR, e o PM tinham direito a viatura, o resto só usava a viatura do estado em deslocação previamente definida.
O número de deputados seria reduzido, Cada ministro e secretários de estado teriam que usar o transporte público, e dar o exemplo.
O número de funcionários das câmaras teria que ser reduzido.
Todos os boys que tinham ganho o emprego através de amizades e partidos perdiam o seu lugar automaticamente, reduzindo o número de funcionários.

9) Existe todo um conjunto de reformas que se fosse colocar aqui iria dar muitas linhas, e não quero maçar mais.

Eu acho que temos que mudar, isto tem que mudar, e VAMOS MUDAR..
ACORDAR PORTUGAL.

Alcides Gomes

About Carlos Piteira

Licenciado em Microbiologia pela Maryland University. Especialista em Microbiologia Clínica pela American Society of Clinical Pathologists. Consultor da Qualidade do Ar Interior. Autor do livro: ” A Qualidade do Ar Interior em Instalações Hospitalares”

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7 comentários em “Temos todos de participar numa mudança de 180º.”

  1. korgmann Says:

    O artigo está interessante e tem bastantes pontos pertinentes, ressalva sobretudo a ideia de que é urgente mudar o rumo.

    Na minha opinião o caminho que talhamos é perigoso, mais cedo ou mais tarde esta obstinação da luz ao fundo do túnel que ninguém consegue ver vai culminar numa convulsão social que historicamente (o nosso país é testemunha disso) sabemos ser o abrir de porta a regimes autoritários.

    Quando as personagens políticas não prestam e não honram o serviço à nação e, sobretudo, quando as trocas e substituições dos elencos políticos não resultam numa melhoria da qualidade de vida e do bem estar é totalmente legítimo que o povo duvide do seu sistema político, se os agentes desse sistema não se retratarem e procederem às alterações ao sistema o povo irá, aí sim irreversivelmente, duvidar da democracia.

    Creio ser seguro afirmar que por tudo, incluindo a crise financeira que atravessamos, nos estamos a aproximar de um limite ao que se pode exigir à população, a corda foi tão puxada que o espirro de um político afronta o povo tuberculoso, eles, os políticos, persistem num folclore de palhaçada, é triste constatar que na assembleia se pratica ténis, atirando-se estupidez de uma bancada para a outra. É vergonhosa e tantas vezes indecorosa a forma como os deputados fazem uso do voto concebido pelo povo.

    Serão os economistas e os fiscalistas, a elaborar os pontos e definir a estratégia, serão os professores a ensinar as gerações vindouras, mas somos nós povo que temos que correr com esta cáfila incompetente e parasitária que ora esta assente, ora orbita no poder, como se fossem moscas a guerrilhar um cagalhão. Corra-se com, levem-se os lideres aos juízes, temos leis explícitas e por aqui cometeram-se crimes de lesa-pátria, e enfardem-se esses bastardos engravatados na cadeia.

    Depois de por a cáfila a limpar a arena que sujou, e que aí se faça austeridade nas costas dos corruptos, o exemplo trovará com pujança tal que até os gordos banqueiros ficarão calados.

    Se nada for feito nada mudará.

    Saudações,

    Moisés Carvalho

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    • opaisquetemos Says:

      Caro Moisés Carvalho,

      Os meus agradecimentos pelo seu comentário, o qual para além de publicação no site, será também integrado no Facebook.

      A menos que possamos divulgar no sentido de incentivar os portugueses a participar activamente numa nudança, nada mudará.

      Com os melhores cumprimentos,

      Carlos Piteira

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  2. h.o. Says:

    o orçamento do Estado para 2013 é de 183.748 milhões de euros. Em toda descrição detalhada que esta publicada no Diario de Republica (Diário da República, 1.ª série — N.º 252 — 31 de dezembro de 2012) ressalta exponencialmente um único valor: o de “124.750 milhões de euros, que é “operações da divida publica”, quase 70% do total. é o único valor “estimativo”, e comparado com este valor todas as outras despesas são apenas trocos.

    Uma poupança de 1% neste valor significa 1.250 milhões de euros menos despesas, o equivalente ao valor resultante da decisão do TC; 2% já significaria uma poupança de 2.500 milhões de euros etc.

    Sabemos todos que o Estado deve melhorar a gestão interna, que existam muitos despesas inúteis, que a gestão de muitos sistemas (jurídica, saúda) tem muito que melhorar, para qual se insista em querer inventar a roda outra vez (bastaria copiar sistemas funcionais de países como Dinamarca, Holanda, Suécia), mas o mais importante: porque se insista em poupar em subsídios, salários, pensões, educação, saúda etc., envolvendo a totalidade da população, enquanto com poucos interlocutores (financeiras) se pode negociar reduções significativos no capitulo único dos 124.725 mil milhões de euros? E mesmo necessário que os bancos comerciais recebam dinheiro do BCE a 1% de juros ou até menos, e depois o “vendam” ao Estado por 5 – 6 ou até 7%?

    Toda discussão politica é sobre os “trocos” no orçamento do Estado (que representam ca. 30% deste mesmo orçamento), enquanto a discussão devia estar com principal atenção para o maior capitulo do gasto do Estado, um só capitulo que representa 70% de todo orçamento?

    com os pequenas remendas como se esta a fazer agora não se vai para lado nenhum.

    única possível saída é combinar duas vias:

    a) trabalhar em reduzir a nível de gestão financeira os 124.725 mil milhões (o Estado tem instrumentos ao seu alcance para o fazer, não o faz parte por ignorância, parte pelo pressão dos bancos e “mercados”, e parte porque o ministro das finanças e seu equipe estão constantemente a tapar buracos sem tempo de parar para pensar estrategicamente – conhecimento profissional não falta ali).

    b) completamente reformar o Estado, a começar pela Constituição. Já se imaginou como seria Portugal se teria:

    – o sistema de flexi-segurança no mercado de trabalho como tem a Dinamarca (pois, o PCP e sindicatos já não tinham motivo para brincar aos greves …)

    – o sistema jurídico que tem Holanda (pois, os Isaltinos desta terra tinham que ir mesmo para prisão…)

    – o sistema de saúda da Suécia (pois, os médicos do Estado tinham que trabalhar a 100% pelo Estado, e não a cobrar 50 – 60€ por consulta nos consultórios privados em 30% do tempo de trabalho)

    – o sistema de educação como tem a Finlândia (pois, não se pode instalar de um ano para outro, e muito tinha que mudar, a começar pela mentalidade de todos: professores, alunos, pais …)

    – o sistema de finanças de Alemanha (pois, aqui é que doí muito, o funcionários a começar utilizar a inteligência e deixar de beber cáfe, e os cidadãos a comportarem se com mais humildade e honestidade, em que advogados, médicos e os demais declaram algo mais que somente o salário mínimo…)

    – o sistema politico que tem um Suíça ou um Islândia, ambos democracias verdadeiras (pois, os políticos, deputados e demais, reduzidos a mais de metade, tinham que começar a trabalhar a serio, e deixar de utilizar a Assembleia de Republica como se fosse um teatro de palhaçadas …)

    Será que em Portugal, depois dos Descobrimentos, ainda sobra coragem para tanto??? Ou foi todo gasto???

    Um coisa é certo: dentro do actual estrutura do PSD e PS não há este coragem de certeza.

    Quem vai querer cortar os “boys” em 50%, mandar os Isaltinos para prisão, e correr atras dos de BPN até conseguir apanhar todo o que esta escondido???

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    • opaisquetemos Says:

      Caro Hugo,

      Os meus agradecimentos pelo seu comentário e proposta apresentada.

      Para além do comemtário ser publicado, como normalmente como comentário dos leitores, dado a sua introdução de uma proposta, com sugestões a serem consideraradas, vou destacar o mesmo como publicação, no sentido de dar mais destaque e sugerir opiniões sobre o mesmo e mesmo o convite a outros leitores a apresentarem respostas.

      Sinceramente,

      Carlos Piteira

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  3. Artur Says:

    APOIO TOTALMENTE TODAS A MEDIDAS PROPOSTAS POR ESTE CONCIDADÃO. URGENTE SE TORNA DE AS PÔR EM PRÁTICA DE IMEDIATO. CADA DIA QUE PASSA MAIS PORTUGAL SE AFUNDA E MAIS UNS QUANTOS – SEMPRE OS MESMOS – ENCHEM OS BOLSOS COM O DINHEIRO DOS NOSSOS IMPOSTOS.
    PARA A FRENTE PORTUGAL.

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  4. RDC Says:

    Muito bom! Subscrevo, e se me puser a matutar ainda sou capaz de dar mais um par sugestões.
    Sobre o ponto 7. sugiro que dispensem um pouco do vosso tempo a ver este comentário do José Gomes Ferreira, emitido na SIC : http://www.youtube.com/watch?v=go0DPd5N-Wk

    Está tudo dito.

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    • opaisquetemos Says:

      Caro RDC,

      Os meus agradecimentos pelo seu comentário e a sua abertura para uma participação activa.

      Ainda que de cada cabeça há sempre uma ideia diferente, apenas a análise de todas as propostas, pode criar soluções para os problemas que nos afectam.

      Obrigado pelo link que nos enviou.

      Sinceramente,

      Carlos Piteira

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